Rota Lomba Lomba/Fajã d`água

Lomba Lomba/Fajã d`água

Início do percurso: Lomba Lomba

Fim do percurso: Fajã d’água
Estado de Conservação do caminho: Mau
Extensão: 1.30 km

Duração: 1 h

Nível de Dificuldade: III

Cobertura de rede móvel: Forte
Modalidade: Caminhada

Partindo de Lomba Lomba, inicia-se a descida inclinada e calcetada até à primeira localidade por onde se passa neste percurso: Lavadura. Apesar desta localidade se encontrar desabitada atualmente, ainda é possível encontrar edifícios de traços de arquitetura colonial, bem como tanques de uma lavandaria tradicional. Continuando em direção a Fajã d’água, segue-se o curso da ribeira que desagua na baía e cuja nascente de Encontro abastece a população da ilha de água potável. Chega-se depois à localidade de Lagoa onde se depara com uma área cheia de mangueiras, para além de algumas casas e um tradicional Trapiche, antigamente utilizado para a produção de grogue. No ponto de chegada deste percurso, Fajã d’água, encontram-se piscinas naturais, o antigo aeródromo e o local de produção do grogue Djabi, em Chanzinha.

Ponto de Referência:

Em Lavadura:

Sobrados com características arquitetónicas de estilo colonial;
Lavandaria tradicional com tanques.

Em Lagoa:

Trapiche tradicional;
Diferentes tipos de mangueiras.

Em Fajã d´água:

Baía;
Chanzinha;
Antigo aeródromo;
Piscinas naturais;
Igreja;
Memorial do náufrago do navio “Matilde”.

Pontos de interesse

Valor natural

Neste percurso é de realçar a vegetação que se encontra, beneficiando da abundância de água proveniente da nascente, e as piscinas naturais na baía de Fajã d’água.

Valor Cultural

Da baía da Fajã d’Água partiam os navios que se dedicavam à pescada baleia e que foram os grandes impulsionadores da emigração para os Estados Unidos, que registou o seu pico na primeira metade do século 20, tendo a população da ilha sofrido, em 1921/22, uma das piores crises de fome. Foi neste contexto de emigração mais intensa que partiu da Fajã d’Água o navio “Matilde” que desapareceu tragicamente levando consigo 50 bravenses. O navio terá saído do porto após uma paragem para reparações ligeiras que, no entanto, não terão sido suficientes para impedir a entrada de água no barco. Pode-se encontrar um monumento em memória a estes homens onde estão listados os seus nomes, representando uma população com a coragem de partir sempre em busca de uma vida melhor. O memorial encontra-se junto à igreja da Nossa Senhora da Boa Viagem onde se comemora a festa do emigrante em junho.